sábado, 30 de maio de 2009

O cair da boca

Vale dos meus sonhos, poço dos meus sentimentos.
Reinado do meu sangue, torre das minhas displicências.

Espero um dia poder olhar o pôr do sol e perceber tudo que desejo. Minha mente voa, eu sonho muito e as vezes as coisas passam ou acontecem diante dos meus olhos, e eu realmete estou parado contemplando alguma paisagem ou um belo quadro. As vezes não é ruim, o que aconteceu de repente não merecia minha atenção e não me desviou a ponto de deixar um detalhe passar, seja uma gota em meio a areia, ou uma ave atravessando o pôr do sol, solitária, mas deslumbrante.

Sonhar é preciso. O que nos prende a um detalhe é a sensibilidade de percepção. Contemplar é o apogeu do encantamento, é gozar-se de fascínio, percepção e sensibilidade.

Parado, inerte, pasmo e embasbacado.
Os pensamentos não se ordenam,
E o fôlego começa a faltar.

Em pé ou sentado, deitado olhando ou de olhos fechados. Seja a lua, ou o sol, nascente ou o poente, a cor ou a falta de...É um exercício as suas preferências e ao que te agrada. 
Não me parece uma receita, me transparece o transcender ao natural ou ao criado, nunca perdido porque sempre relembrado! 

Lembranças...


Marconi de Oliveira

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Paixão


Não me importa a frase ignorante que sairá da sua boca, ou o que você pensa sobre nós, de onde viemos ou onde moramos, se somos médicos ou favelados! Dentro de campo, são onze contra onze, uma bola, e na arquibancada, indivíduos fervorosos pelo engasgo de um grito pelo melhor, pelo esperado. Realmente não me importa o que te leva a pensar e descriminar, se eu ganho a minha alegria é a mesma, se eu perco, a reação física é a mesma, choro como você que fez o mesmo várias vezes.
Longe e a salvo da ignorância infame dos racistas primatas que fizeram e profissionalizaram isso tudo.
Tudo que foi crescendo e se transformando em um mar vermelho e preto. Em diversas reacões explícitas de paixão e fé, esperança e amor, ódio e sorrisos...
Esse mar que debandeia a preocupação nossa de cada dia, nos faz correr a favor da corrente de fé e adoração pelo mesmo propósito e sentimento. Esse aglomerado de indivíduos que energizam essa arena, que cantam nosso hino, e afloram seus maiores fascínios por compartilhar todos os arrepios da multidão fervorosa...brotam lágrimas, dezespero, idealização, muito mais que um simples grito de gol...a massa é forte, apaixonada, tem fé e se consagra...mais que uma torcida, longe de qualquer discriminação, credo, religião ou RAÇA, UMA NAÇÃO, A NAÇÃO RUBRO-NEGRA!

Marconi de Oliveira