quarta-feira, 11 de julho de 2012

A noiva ampulheta


Enquanto isso, na porta da casa do sr. Tempo, ponteiros acrobáticos, acostumados com movimentos giratórios, correm no mesmo sentido, em ritmos diferentes, para entreter e/ou distrair os barões do ócio, ou amantes e poetas do sofrimento que insistem em observar e estudar o espetáculo dos acrobatas guardiães dos portões do castelo encantado que move as nossas vidas.
Pobres barões e amantes. O melhor da jornada é a imensa gama de opções que temos para tudo, e digo mais, tudo. Sentar e esperar não são do meu feitio, já sofri e já tentei ser barão, mas a agonia e a percepção me incomodam e convidam para eventos infindos. Ah, a conquista, o aprendizado, a evolução...
Esse sr., merece ser reverenciado, adorado e condecorado, pois é o maior dos senhores, o mais sábio e paciente. Comemoremos sua presença e não tentemos ir contra, porque assim como você envelhece, o senhor dos senhores nunca morre.

Marconi de Oliveira
Imagem: Google