segunda-feira, 2 de novembro de 2009

No Passinho do Molequinho da Favela




Com os pés descalços e no encalço do entretenimento, suas fantasias, mesmo que macabras, o distrai de algum mal que o cerca ou proteje. Seus devaneios, são compostos por objeto, sina, condição financeira e psicológica, tempo e ainda espaço. Por mais que o maior devaneio por parte do seu sangue e laço fraterno, em acreditar o que o poder promete, seu futuro é incerto, seu coração será dividido e seu caráter confundido. Bala é doce ou proteção? Proteção é aliar-se ou protejer-se? Esse doce tem açucar?
Enquanto isso, sentado em uma cadeira no encalço do enriquecimento, mesmo que macabro, a distração dos castelos e dos gados gordos, ou das cuecas gordas o cerca e o proteje. Seus devaneios, são compostos por objetos, é obvio, poder, conforto e luxo. Por mais que o maior devaneio imposto, seja parte do seu sangue, representar ainda é sua arte, e seu futuro é incerto, seu coração é de pedra e seu caráter confuso. Aliar-se para comprar balas para protejer o seu doce afim de que o açúcar esteja no seu cafezinho.
A pipa sobe e os olhos fixam em um ponto, será que mais subirão?Me protejo ou pego o cerol?Matemática pra que?
-Já sei o necessário, relaxa...qual é?! eu queria brincar mais um pouco! E no passinho do funk, ele comemora o novo brinquedo, afinal, ele está crescendo e os brinquedos também crescem. Mas ainda é uma criança...
Enquanto isso, o discurso camuflado toma o tempo, e alguns se esbravejam a favor de suas defesas e reputações. Porém não posso me estender, devo engolir minhas palavras e as digerir como eu bem entender...
Entendimento, é o que o molequinho não tem, seu tempo é prenchido com fantasias...

Marconi de Oliveira